quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Cartões do Governo... ahhh Brasil...



Cartões do governo pagam até despesas em joalheria

Ministra da Igualdade Racial [Existe até ministério para isso?], por exemplo, gasta R$ 461 em free shop e diz que se enganou [putz, a pessoa gastar 461 reais por engano é osso, como diz o velho ditado: “Quem atira com pólvora dos outros não mede distancia”.] Portal do governo mostra que instrumento indicado para gastos "emergenciais"[EMERGÊNCIAIS] foi usado em choperia, loja de instrumentos musicais e por aí vai.

LUCAS FERRAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


Os cartões de crédito corporativo do governo federal, indicados para gastos "emergenciais", como a compra de material, prestação de serviços e diárias de servidores em viagens, foram usados em 2007 para pagar despesas em loja de instrumentos musicais, veterinária[Vacina, shampoo, sabonetes, coleiras, o que mais que aqueles cavalos dos desfiles da república usam?], óticas, choperias, joalherias e em free shop, conforme dados do Portal da Transparência, site do próprio governo.

Os responsáveis pelas compras afirmaram que a prática é legal e todas as compras eram necessárias. Não foi o que aconteceu com a ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial), que pagou despesa de R$ 461,16 em um free-shop em outubro do ano passado. Alertada pelo ministério, ela reconheceu o "engano" e afirmou ter ressarcido[Acreditamos também que coelho da páscoa põe ovo de chocolate] o valor à União só neste mês.

Os gastos nesses estabelecimentos, alguns irrisórios, foram feitos por funcionários e pelos próprios ministros. No ano passado, toda a máquina federal gastou R$ 75,6 milhões com o cartão de crédito corporativo, aumento de 129% em relação aos gastos de 2006. A elevação se deve pelo fato de ter aumentado o uso do cartão que, segundo a CGU (Controladoria Geral da União), é mais transparente e fácil de fiscalizar.

Apesar de os gastos serem "emergenciais", o Ministério do Trabalho[Olha só o cargo!] pagou R$ 480 para consertar um relógio importado numa joalheria de Brasília[480 pilas só pra consertar o relógio que estava 'prestes a morrer', ou seja, algo emergencial vocês não acham?].

O ministro dos Esportes, Orlando Silva, gastou R$ 468,05 no restaurante Bela Cintra, nos Jardins. O valor médio da refeição lá é de R$ 150 por pessoa[150 reais uma refeição, enquanto alguns assalariados pagam R$ 3,50 por um velho "PF"]. Não consta da agenda do ministro na internet nenhuma atividade na data (25 de setembro). Sua assessoria, contudo, enviou à Folha agenda que assegura ser a do dia, quando Silva estaria em São Paulo. Disse que a ausência da programação no site do ministério se deve a "problemas de atualização”[A culpa é do servidor, que não atualizou o site].

Orlando Silva usou o cartão em outros restaurantes: R$ 198,22 em uma churrascaria na capital paulista, em 22 de outubro, quando também não havia nenhuma atividade em sua agenda na internet. No mesmo dia, segundo o portal da Transparência, há o registro de outro gasto com restaurante: R$ 217,80 no francês Le Vin Bistro, também no Jardins. A assessoria informou que os gastos ocorreram em dias diferentes, quando o ministro cumpria agenda em São Paulo.

No dia 29 de junho de 2007, quando a agenda de Orlando Silva informa que ele iria "despachar internamente", o extrato de seu cartão mostra gasto de R$ 196,23 em uma churrascaria na capital fluminense. Já o ministro Altemir Gregolin (Pesca) gastou em julho passado R$ 70 na choperia Pingüim, em Ribeirão Preto (SP). Ele, contudo, justifica que foi ao local jantar, e que não consumiu bebidas alcoólicas[isso mesmo, ele foi comer o prato principal da casa 'Pingüim ao molho']. Os dados disponíveis na internet não descrevem os itens consumidos. O ministro tinha uma agenda oficial na cidade.

O Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), órgão ligado à Presidência, pagou compra de R$ 80 em uma loja de instrumentos musicais no centro de Porto Velho (RO).

Em Porto Alegre, funcionários da Empresa de Trens Urbanos, que tem a União como acionista majoritária, gastaram R$ 209,99 em uma veterinária, R$ 630 em uma loja de eletrodomésticos, R$ 1.178 em duas óticas e R$ 695 em uma floricultura[Veremos a trajetória desses gastos, certamente um animal que trabalhe na empresa adoeceu e foi preciso ficar internado em uma clínica veterinária, porém o pobre animal não resistiu, e veio a falecer, como estavam em outra cidade, os funcionários resolveram comprar um freezer para conservar o animal, para que o mesmo fosse transportado com as devidas condições de higiene, como não conseguiam enxergar as dicas de uso do manual de instruções do freezer, resolveram comprar dois pares de óculos para cada funcionário, isso mesmo, dois pares, um para ler o manual e o outro para o velório do animal moribundo, entretanto o último gasto foi feito com flores para o dia do enterro.].

As despesas com cartões corporativos vêm aumentando desde sua criação, em 2001. Eles substituem as contas "tipo B", quando um servidor recebe o dinheiro e depois presta contas. Essas contas ainda são usadas em 2007, os gastos com elas chegaram a R$ 101,3 milhões, valor superior ao dos cartões (R$ 75,6 milhões).



Jornal Folha de São Paulo 23.01.08