quinta-feira, 13 de setembro de 2007

AMAZÔNIA, UMA REGIÃO DE POUCOS

Fazendeiros e políticos de Juína (MT) impedem visita de ativistas do Greenpeace, da OPAN (Operação Amazônia Nativa) e de jornalistas europeus à Terra Indígena Enawene Nawe. Veja até o final as cenas de truculência e intimidação vividas pela equipe em 20 de agosto de 2007.




A princípio tive uma imagem crítica sobre o vídeo, imaginei, pesquisadores estrangeiros querendo colher informações sobre a amazônia(o que parece ser verdade), mas a atitude dos fazendeiros é revoltante, como pode uma Amazônia tão bela, se tornar restrita a alguns latifundiários, que se acham donos até dos próprios índios, é uma reportagem que provoca um pouco de indignação.

extraído do site: http://www.mdig.com.br

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

VERGONHA

É, e é simplesmente por conhecer e pertencer à sociedade que eu a desprezo! e isso se torna crescente e aborrecedor a cada mízero e ordinário segundo que passa. O que me dá força pra detestar mais e mais essa situação!

É simplesmente por coisas desse tipo que me envergonho de não ter a capacidade de dizer um não, por não ter a capacidade de dizer sim ou um talvez, de não rir quando a única coisa que uma pessoa quer é ver um sorriso meu!

Me envergonho quando o que se passa por minha cabeça é simplesmente o que não deveria passar e me torna fraco o suficiente pra não aceitar que minha realidade é mera conincidência de um ser moldado por estruturas as quais ele mesmo tenta fugir!

Me envergonho por ter que ouvir todos os dias um: "Crianças morrem de fome . . . ", "Até quando vai durar a Fome na sociedade", e coisas do tipo! Me envergonho por meio que "de tabela" contribuir pra uma sociedade mais martirizante, mais não-sociedade . . .


O que mais me envergonha é toda essa minha impotência perante aos fatos presenciados no dia-a-dia, tanto meus quanto do Bruno, tanto meus quanto de todos os que conheço, tanto meus quanto de toda a sociedade.

O que mais me envergonha é ter que escrever essa porra desse texto sem sentido com os olhos cheios de lágrimas e não entender de onde elas vêm, na verdade ver de onde elas vêem e vêm, única e simplesmente, não entender o por que delas!

Me envergonha o fato de saber que por mais que essas lágrimas estejam presas por questões de segundos, dias, meses, anos, elas sempre me acompanharão, pra onde quer que eu vá, onde quer que eu fique, me envergonha o fato de ter que viver com essa presença não-presente de quem me ama e de quem me faz bem!

Me envergonho enfim por tentar escrever algo digno (até pra mim mesmo) e não conseguir, visto que o que me refugia é minha escrita, cansada e sem nexo, porém minha.

POR FIM, me ALEGRA o fato de saber que apesar de toda a vergonha que eu sinto, sempre posso contar com alguém, não muitas pessoas (como era de se esperar), mas as poucas as quais eu posso dividir minhas alegrias e tristezas são pessoas que nunca sairão de mim, mesmo que eu queira!

Me ALEGRA o fato de eu saber que a sociedade é moldável e um dia isso vai acabar . . .